Imunize seus filhos contra apologia da linguagem neutra

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Foto: Ridley Jones – a Guardiã do Museu conta com um personagem não binário e uma família de múmias com dois pais Foto – Reprodução.

A quinta temporada da série infantil Ridley Jones: A Guardiã do Museu, da Netflix, faz apologia da linguagem neutra e ideologia de gênero. A personagem Fred, um búfalo não-binário, revela para sua avó que não se identifica como ela, nem como ele, e que seus pronomes são “ile e dile”.

O primeiro episódio visa dessensibilizar as crianças, com uma agenda homossexual em que mostra um búfalo, personagem não-binário e um personagem que tem dois pais homossexuais. O pequeno búfalo prefere que usem ile e dile como seus pronomes de tratamento. “Me chamar de ‘ela’ ou ‘ele’ não parece certo”, diz.

No oitavo episódio da quinta temporada, um pequeno búfalo se dirige à avó, um búfalo fêmea, e pede que seus colegas o chamem de Fred. O animal quer usar esse nome porque diz que não pertence a nenhum gênero específico.

A personagem quer ser líder do rebanho e sua avó é a preparadora que sempre que usa pronomes femininos com a neta, a faz se sentir mal e perder a atenção no exercício que está fazendo.

O búfalo comenta com seus amigos que quer revelar para a avó quem ela realmente é e recebe apoio. A avó, descrita como uma pessoa de “mente aberta” aceita a identidade de gênero da neta sem ressalvas.

“Eu não sabia disso, por isso você estava sofrendo. Como você poderia liderar o rebanho sem ser quem você é? Me desculpa por usar o nome e pronome errados e obrigada por mostrar o seu coração”, diz a vovó bisonte no oitavo episódio desta nova temporada.

Imunize as crianças 

O terapeuta de casais e família, pastor Gilson Bifano, se baseou nas orientações do apóstolo Paulo dadas ao seu discípulo Timóteo (2 Tim 3.1) para se referir a luta dos pais e familiare para proteger crianças e adolescentes da apologia da ideologia de gênero e linguagem neutra.

“O apóstolo Paulo fala que nos últimos dias teríamos tempos difíceis, tempos trabalhosos.
E a pergunta clássica que vem a seguir é “o que fazer?” Creio que ninguém tem uma receita pronta. Por mais que os pais cristãos estejam atentos, seus filhos, nossos netos, vão estar expostos, nos dias de hoje, a esses tipos de mensagens. Seja na escola, nos filmes, na literatura. É um caminho, na minha opinião, sem volta. O apóstolo João mesmo afirmou que o mundo jaz no maligno (1Jo 5.19). É daí para pior. Faz parte da deteriorização, tal como Sodoma e Gomorra, para o Grande Dia da Volta de Cristo (Mc 13).”

Ele comparou o momento atual a um quebra-cabeça. “Minha filha primogênita, Susanne, gosta muito de montar quebra-cabeça. Agora mesmo está montando um quebra-cabeça de duas mil pequenas peças. Pensando num quebra-cabeça, faltando poucas peças para se encaixarem para a volta de Cristo.”

Mas enquanto isso não acontece, o que fazer? Gilson Bifano apontou alguns caminhos

“Primeiro deles, é orar, orar, orar. Orar para que Deus proteja nossos filhos e netos das influências desse mundo sem Cristo. Eles serão expostos, mas com a proteção espiritual de Deus, serão, com certeza, protegidos e saberão que esses conceitos não são certos.”

“Segundo caminho é ensinar a verdade. Eunice gastou tempo ensinando as Escrituras a Timóteo (2Tm 3.15). Os pais de hoje precisam se dedicar mais a essa santa tarefa no lar. O bem mais precioso para cuidar é a família.”

“Terceiro, é dialogar com os filhos sobre esses temas. Fazer a sua parte e mostrar que esses conceitos não são certos, que Deus fez homem e mulher, macho e fêmea. De preferência, os programas infantis deveriam ser assistidos juntos, pais e filhos. Mas isso é quase impossível hoje. Mas de quando em quando isso deve acontecer para os pais abrirem um diálogo com os filhos sobre esses temas.”

“Quarto é restringir mesmo o acesso a esses conteúdos. A nova temporada, por exemplo, do programa infantil Detetive do Prédio Azul, já usa linguagem neutra. Meu genro já disse para meu neto Theo, que essa nova temporada está restrita.”

“O quinto passo é escolher melhor os serviços que mais se aproximam dos nossos conceitos. A Brasil Paralelo, por exemplo, já oferece assinatura com produtos mais próximos aos nossos pensamentos.”

“O sexto passo é envolver os filhos nos trabalhos da igreja. A igreja é uma aliada da família nessa área. Sempre deve ser. Uma igreja verdadeiramente bíblica irá ajudar, em muito, as famílias no combates a essas ideologias estranhas aos princípios cristãos.”

“Por último, confiar em tudo isso e estar convicto que você está fazendo a sua parte. Confiar que a semente que você está plantando no coração do filho irá frutificar nas suas escolhas no futuro.”

A identidade de gênero de Fred 

Desde os primeiros episódios a questão do personagem não-binário é tratada pelos personagens do desenho infantil.

– Fred é menino ou menina? – questiona a protagonista Ridley ao macaco astronauta Peaches.

– Não sei não; é só Fred – responde Peaches.

Assim, termos neutros como “fofine” (em vez de “fofinho” ou “fofinha”), “amigues” (em vez de “amigos” ou “amigas”) e “todes” (em vez de “todos” ou “todas”) são recorrentes no desenho animado.

A personagem principal, Ridley, não tem uma figura paterna. A família dela é formada apenas pela mãe e pela avó. A princesa múmia tem dois pais múmias, sem a presença de uma mãe.

O antropólogo Flávio Gordon falou sobre o assunto em suas redes sociais.

– No caso em questão, por se tratar de um desenho infantil, a coisa é obviamente muito mais covarde, insidiosa e inaceitável, pois tenta burlar a vigilância parental e assediar moral e ideologicamente as crianças, que por óbvio são intelectualmente indefesas diante de tamanha lavagem cerebral – escreveu ele em alerta aos pais. 

A série tem forte apelo pró-LGBT, sendo, inclusive, uma criação da roteirista e produtora de televisão infantil Chris Nee, que se identifica como mulher lésbica. 

Pr. Gilson Bifano

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