NATAL: Um Deus menino ou um menino Deus

1282

Para os cristãos, todos os dias é Natal, tendo em vista que eles costumam desenvolver um relacionamento diário com Jesus, conscientes de que devem adorá-lo em todo o tempo e não apenas num dia específico do ano. No entanto, tal argumentação não invalida e nem banaliza as comemorações realizadas todos os anos no dia 25 de dezembro, desde que o façam pelas motivações corretas.

Celebrar o Natal é uma oportunidade ímpar para alertarmos as pessoas quanto ao perigo de uma vida sem Deus. Tirá-lo de nossos planos é a certeza de um fracasso eminente, principalmente no que tange a eternidade. O mundo está em trevas desde a entrada do pecado por Adão e Eva e é transmitido obrigatoriamente a todos os viventes ainda no ventre de suas genitoras (1Jo 5.19; Sl 51.5). O Senhor prometeu que resolveria esse problema e que possibilitaria a reaproximação dos homens até ele (Is 9.6). O que torna a mensagem do Natal ainda mais notável é o fato de haver apenas um modo dessa promessa se cumprir. Deus não criou atalhos, como afirmam muitos ao proferirem a frase de que todos os caminhos levam a Deus (Jo 14.6). Ele usou vários profetas com uma única mensagem: Eu enviarei um Salvador, único apto a receber sobre si todos os pecados cometidos pela humanidade.

Ao celebrarmos o Natal, somos levados a identificar alguns aspectos da natureza divina, cruciais para dar sentido a nossa existência. Deus, diferente dos homens, cumpre fielmente todas as suas promessas, ainda que a consideremos tardia. A nação de Israel já se encontrava com os ânimos desfalecidos, afinal de contas, setecentos anos já haviam se passado desde as profecias do respeitável Isaías sobre a vinda do messias. O nascimento de Jesus é a certeza de que Deus não havia se esquecido de nós. Muito mais ainda, sua ressureição é a garantia de que é possível vencermos a morte, assim como ele.

Por fim, não podemos cometer o equívoco de focar a sua existência apenas no seu nascimento. É muito ilustrativo e comovente vermos a cena de pais humildes em volta de um “aparente” bebê indefeso num estábulo dentro de uma manjedoura, um Deus Menino. Entretanto, essa não é a sua mensagem principal, afinal de contas, o que adiantaria ele ter nascido se não conseguisse completar sua missão. Ele viveu como humano, sentindo dores e sendo provado em suas emoções e sentidos, mas, ao mesmo tempo, deu provas contundentes de que era Deus, perdoando pecados, fazendo sinais e maravilhas e se entregando voluntariamente para ser sacrificado como o Cordeiro perfeito que tiraria o pecado do mundo (Jo 1.29). O apóstolo João, ainda que tivesse a oportunidade de voltar no tempo e vê-lo ainda criança, continuaria a enxergá-lo como “Rei dos reis e Senhor dos Senhores” (Ap 19.16). Ele não era qualquer menino. Era um Menino Deus e como tal, com poder para salvar, curar e libertar. Como aniversariante do dia, o único presente que almeja receber é nossa adoração em espírito e em verdade.

Um Feliz Natal para todos!

Por Juvenal Oliveira Netto
Colunista deste Portal

Deixe uma resposta