O Senhor não trabalha com fortes, mas com fracos, com aqueles que são quebrantados e contritos (Salmos 51.17). Sim, os que têm consciência de sua fragilidade, de que foram salvos pela graça de Deus (Efésios 2.8-10). As Escrituras nos revelam que o Senhor abate, humilha os fortes e levanta os abatidos. Jesus disse a Paulo: “A minha graça te basta porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Coríntios 12.9,10). A nossa reação à fortaleza de Deus é a nossa fraqueza, debilidade. A nossa insuficiência encontra a suficiência de Cristo. Somos tratados em nossa fraqueza, em nossas profundas limitações e em nossos defeitos. A graça opera mostrando quem é o Senhor e quem somos. Ela revela a nossa deficiência e, ao mesmo tempo, aponta para a suficiência e eficiência do Senhor em Sua obra na cruz e na ressurreição. É somente nEle que somos ‘mais que vencedores’ (Romanos 8.37).
Há uma promessa em Isaías: “Ele dá força ao cansado e fortalece o que não tem vigor” (40.29). É maravilhoso e confortador sabermos que o Senhor trabalha e trata conosco em nossas vulnerabilidades, taras, nossos desacertos e em nossas carências. A cada manhã, devemos nos apresentar a Deus em fraqueza para que o Seu poder opere em nós. Para que Sua maravilhosa graça nos corrija, eduque e sustente. Precisamos do Senhor para vencermos as nossas incoerências, os nossos vícios de pensamento, sentimentos maldosos, facciosos e um linguajar que não edifica. Temos também o nosso egoísmo e a nossa arrogância. Há uma luta ferrenha entre a nossa carne e o nosso espírito (Romanos 7.18-20). Mas o Espírito nos ajuda em nossas fraquezas (Romanos 8.26). O nosso Deus não trata fortes, mas fracos. Não trata quem confia em si, mas confia plenamente nÊle.
Não permitamos que a nossa fraqueza seja desculpa para errarmos, pecarmos. Como Davi, precisamos pedir ao Senhor que Ele nos sonde, examine as profundezas do ser e nos guie por caminho eterno (Salmos 139.23,24). E o mesmo Davi ora: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito inabalável” (Salmos 51.10). Devemos confiar nAquele que nos faz mais que vencedores. Submetamo-nos ao Senhor em Sua graça e poder; justiça e santidade; amor e perdão. Que Ele nos livre de
realçarmos as nossas “virtudes”, julgando o próximo pelos seus defeitos. Jesus nos ensina tacitamente a não julgarmos os outros (Mateus 7.1-5). Que o Pai nos faça semelhantes a Cristo. Vivamos na dependência do Senhor e assim venceremos as lutas internas e externas. Alcançados pelo Senhor em nossa fraqueza somos fortalecidos e usados por Ele para a Sua Glória!
Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob
Colunista deste Portal