Cristãos de Camarões enfrentam uma guerra civil e ataques extremistas frequentes

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Enquanto assiste aos jogos da Copa do Mundo 2022, a Igreja é desafiada a orar pelos cristãos perseguidos em Camarões e a fazer parte do time que enfrenta a perseguição em oração.

Um dos maiores desafios para os cristãos em Camarões é a violência. Apesar da natureza majestosa e bela, Camarões é um ambiente hostil aos cristãos. Desde 2017, o país vive uma guerra civil que trouxe insegurança e dificuldades econômicas, especialmente no Norte do país.

Além das disputas de poder, grupos extremistas islâmicos, como o Boko Haram, realizam ataques frequentes na tentativa de impor a sharia, conjunto de leis islâmicas, e exterminar a presença cristã do país.

Devido ao aumento da perseguição aos cristãos em Camarões, o país entrou na Lista Mundial da Perseguição 2020, ocupando a 48ª posição. No norte do país, onde a radicalização e a militância se intensificam, a vida dos cristãos é ainda mais difícil.

Medo e morte

Os atentados semeiam o medo, o luto e o cansaço entre os cristãos em Camarões. A cristã Baldina perdeu os dois filhos por causa do Boko Haram. O mais velho foi assassinado durante um ataque do grupo extremista na vila onde moravam, pois alguns militantes descobriram que ele era cristão e ele se recusou a negar a Jesus.

Já o caçula precisou fugir porque estava sob ameaça de morte também. Por causa da segurança dele, Baldina não consegue manter contato frequente. Ela é idosa e precisou cuidar sozinha durante anos da pequena plantação que cultiva e do marido doente, também idoso. Ela encontrou o apoio de que precisava nas igrejas locais e através de parceiros da Portas Abertas, mas nem todos os cristãos perseguidos conseguem o mesmo.

A situação da mulher em Camarões

No norte de Camarões, o Boko Haram frequentemente sequestra mulheres e meninas e as usa para trabalhos forçados e as obriga a se casar com militantes. Onde as escolas ainda estão funcionando, alguns pais cristãos mantêm as filhas em casa por temerem por sua segurança.

A pobreza e a dependência financeira tornam as meninas cristãs vulneráveis. Em parte devido à falta de educação, as mulheres em Camarões dependem do marido ou dos pais e, quando tomam a decisão de se converter ao cristianismo, às vezes é considerado um ato de rebeldia. Meninas nessa situação às vezes são coagidas a se casar com não cristãos.

Muitas cristãs ex-muçulmanas ficarão isoladas de suas famílias ou serão forçadas a se mudar, como forma de obrigá-las a mudar de ideia. Em um caso, uma jovem mãe convertida foi separada do marido e obrigada a deixar o filho mais velho. Por causa da situação de perseguição, ela teve que deixar o segundo filho com o irmão muçulmano, que acabou confiando a criança a outro vizinho muçulmano.

No mundo

Estima-se que mais de 340 milhões de cristãos em todo mundo enfrentam algum tipo de perseguição religiosa. Para eles, as consequências da mais simples expressão da fé em Jesus são discriminação, opressão, exclusão, prisão e até mesmo a morte.

Na Lista Mundial da Perseguição,  50 países estão classificados entre os mais fechados para o cristianismo. A Coreia do Norte ocupa a primeira colocação no ranking desde 2002.

Com informações do Portas Abertas

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