Em suas redes sociais, o líder da Igreja Betesda, Ricardo Gondim, fez declarações polêmicas sobre a visão teológica, social e política de sua denominação.
O ex-pastor assembleiano disse que não reconhece a soberania de Deus e que essa visão de que Deus conhece o futuro é um conceito grego.
– Na frente teológica, afirmei e continuo a afirmar que o futuro não está pronto. Se inexiste, Deus, em sua onisciência, desconhece o futuro como realidade já acontecida. Repito: o futuro é uma construção humana e as alternativas inevitáveis podem ser mudadas com nossas decisões. Disse, e ainda repito: a opção de conhecer a Deus como onipotência é grega. Advogo que o atributo essencial de Deus repousa numa afirmação joanina: Deus é amor. Sendo assim, sai de qualquer relacionamento dele com a humanidade a palavra poder. Quem ama jamais controla – declarou.
O religioso, já conhecido no meio evangélico por apostar na fé ao abraçar a hipergraça, criticou os calvinistas e outras linhas teológicas que acreditam no poder de Deus e em sua onisciência.
– Deus não está no controle. A vaca sagrada do calvinismo, a soberania, pode se basear num ou noutro versículo na Bíblia, mas nunca se sustentará no todo da narrativa – completou.
Gondim também falou sobre sua igreja não considerar a homossexualidade um pecado e aproveitou para se manifestar politicamente como uma pessoa alinhada à esquerda política.
Ele também se colocou contra pautas morais e explicou que é de esquerda “porque leio em Atos que os primeiros seguidores de Jesus dividiam o que tinham e ninguém passava necessidade”.
– Não vou permitir que pautas moralistas do tipo “aborto, drogas e comunismo” determinem minha identidade. Sou democrata e não tenho medo da maldição dos caudilhos denominacionais: voto Lula – completou.
Fonte: Pleno News