Não há mais diferença

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Tempo houve em que o cristão evangélico era diferente do mundo que o cercava. Algumas atitudes e o comportamento diferenciava no ambiente onde residia. A pessoa era conhecida por seu compromisso com a verdade que professava. Mas, o descaso com a verdadeira doutrina foi sendo inserido nas Igrejas e estas deixaram de ser referências para o pecador sem Cristo. Todos somos iguais à totalidade da sociedade que nos acolhe. Alguns itens podem ser destacados como não mais existentes no meio evangélico.

Houve um tempo em que o domingo para o salvo antigo ou velho era dia especial a ser guardado com extremo cuidado. Era dia especial a ser reservado com exclusiva dedicação ao Senhor. A sociedade materialista deturpou o domingo como dia dedicado ao culto e adoração. A maioria dos salvos não separa mais o domingo como dia reservado ao culto. Tudo é permitido no domingo. Não satisfeitos com os seis dias da semana para angariar o sustento da família, o domingo é profanado, não como dia de descanso, mas como dia de qualquer coisa, desde que não seja culto a Deus.

Os salvos antigos ou velhos foram ensinados a não ingerir bebidas alcoólicas. Numa terra de bêbados e cachaceiros inveterados, nada mais correto do que evitar a embriaguez. Agiram bem os pioneiros ao estabelecer tal comportamento para os salvos. Hoje, as cerimônias de casamentos e formaturas são regadas a bebidas alcoólicas, com a desculpa que é para atender os incrédulos convidados. A luz cede lugar às trevas. Devia ser diferente. Até mesmo as confusões após uma noite de bebedeira são tidas como normais. Não há mais diferença entre as cerimônias pagãs e as do salvo. Tudo igual. O sal se tornou insípido.

Os salvos antigos foram bem doutrinados quanto ao destino de seus mortos. Aprenderam na Bíblia que não há mais nada a fazer após a morte de seus queridos. Há respeito a vida dos seus mortos. Hoje, salvos modernos publicam na internet convite para a missa de sétimo dia de seus entes queridos. Significa total ausência doutrinária quanto ao destino dos mortos. A doutrina católica ensina que os mortos precisam da intercessão dos vivos para deixarem o purgatório. Doutrina que muitos católicos não aceitam mais. O que aconteceu com o salvo? Não foi doutrinado.

Os salvos antigos ou velhos entoavam hinos nos seus cultos em adoração a Deus. Hinos que tinham doutrina bíblica. Hoje, os salvos modernos cantam canções repetitivas, que muitas vezes não refletem a Palavra. As palavras de Amós 5.23 são atualíssimas. O avanço herético sobre as Igrejas e seus membros retira dos cultos a beleza e a simplicidade da comunhão com Deus. As Igrejas são enfraquecidas com essas canções heréticas.

Há Igrejas que aproveitam as festas juninas para promoverem as suas festas caipiras ou juninas. Com direito às danças, quadrilhas, quentões e outros elementos ligados ao catolicismo. Não há diferença entre os salvos e os incrédulos em tais festejos. Comidas dedicadas aos santos católicos são ingeri­ das e oferecidas para complementar o caixa das Igrejas em suas realizações.

Esquecidos, o dízimo bíblico e as ofertas alçadas. São líderes que precisam usar métodos mundanos para realizar a suposta obra de evangelização. Onde não há bênção do Senhor, sobra mal­ dição. Que o diga o povo de Israel do passado. No presente não é diferente, pois Deus não mudou.

Os desvios das verdades bíblicas têm gerado aberrações como nunca se viu na história da Igreja de Cristo. Hoje temos “pastores” que apoiam e defendem partidos políticos que são adeptos do aborto e o defendem. A cada ano, milhões de seres humanos são sacrificados no altar da beleza física e da irresponsabilidade. Todos sabemos que a defesa à vida daqueles que ainda não nasceram é sagrado. Só Deus tem o direito de interromper uma gravidez. Em nenhum lugar da história Deus deu ao homem esse direito sobre à vida. Inocentes são assassinados, sem direito a defender-se. Que isto ocorra é normal entre os que não admitem a presença de Deus no universo, mas um pastor se colocar a favor de tal proceder é uma aberração indiscutível. Pena que não foi abortado antes de ingressar no ministério pastoral.

Não fosse a misericórdia e a bondade divinas, há muito este planeta teria sido destruído. Prevalecem as palavras de II Pedro 3.9: “0 Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a tem por tardia, mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se. “Só o Deus longânimo para suportar tais heresias entre o Seu povo, e aqueles que lideram a Igreja de Cristo. Sobre os líderes repousa a maior responsabilidade de levar os sal­ vos de volta à Bíblia e às doutrinas bíblicas. Que o Senhor continue a exercer misericórdia sobre o seu povo infiel.

Pr. Julio Oliveira Sanches

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