As qualidades sugeridas pelos apóstolos à Igreja, na escolha daqueles que deveriam auxiliá-la a prover no seio da comunidade cristã a paz e o amor, não mudaram com o passar do tempo. São verdades e valores que o tempo não pode substituir. Tal qual os dez manda4mentos não podem sofrer alterações. O que Deus escreveu nas primeiras tábuas, que Moisés quebrou. Deus repetiu nas segundas e prevalecem até as atuais. O que os apóstolos orientaram a Igreja e a liderança naquela época prevalecem como conteúdo válido para os dias atuais. A finalidade do grupo a ser escolhido era promover ou restaurar a paz no seio da Congregação. Uma Igreja sem a paz de Cristo a envolvê-la, não consegue cumprir o mandado do Senhor. Igreja é lugar de Paz, que transmite a paz do Senhor da paz.
A função primeira dos sete era promover a paz no seio da comunidade que se rebelava com coisas fúteis. Não era separar as cestas básicas ou visitar as viúvas mais rixentas. Ao oferecer as qualidades que os escolhidos deveriam ter, os apóstolos deixam bem claro que o problema central não se tratava de alimentos, mas de espiritualidade, portanto, homens espirituais deveríam tratar do assunto. Os discípulos continuariam a pregar a Palavra, como suporte essencial a levar a comunidade a retornar a Cristo como exemplo. Em muitas Igrejas, os problemas são gerados pela fragilidade do púlpito. Quando o púlpito retorna às palavras de Deus, muitos problemas são solucionados ou deixam de existir. Não era o caso na Igreja primitiva.
As qualidades sugeridas pelos apóstolos à Igreja indicam-nos homens especiais; de boa reputação. A Timóteo, Paulo acrescenta que tenham bom testemunho dos que não são da Igreja. Tenham nomes limpos na praça. Não sejam mentirosos. Marido de uma só mulher. Não divorciados. Filhos bem educados. O que se aplica ao pastor, se aplica também ao diácono. Não se admite um diácono divorciado. Como também não se admite um pastor divorciado a ensinar e dirigir a Igreja de Cristo. Ao diácono, também se aplica o mesmo princípio. As Igrejas seriam bem melhores, se colocassem em prática pequenas e esquecidas recomendações bíblicas. Mas, na maioria dos casos, as divergências têm suas origens na ausência de Bíblia e da ausência da ação do Espirito Santo.
Ser diácono, hoje, é bem mais fácil. Há uma gama de ensinamentos à disposição dos diáconos. Quando se é pastoreado de modo sério, por um pastor que conhece o rebanho, cada ovelha sabe seu nome, onde mora os percalços que enfrenta. As lutas internas do rebanho, os lobos que estão sempre à espreita; em cada rebanho há lobos diferentes, que atuam e conhecem as ovelhas mais fracas do rebanho. O Ministério Diaconal com os objetivos do pastor funciona de modo a proteger o rebanho, a Igreja e o pastor, desde que haja entre ambos fidelidade doutrinária, amizade sincera e compromisso com a ação do Espírito Santo.
Pr. Julio Sanches – Extraído do OJB