“O fogo prova a pureza da prata e do ouro, mas o Senhor prova o coração.” (Provérbios 17.3)
Jeremias faz uma declaração bastante negativa sobre coração humano: “O coração humano é mais enganoso que qualquer coisa e é extremamente perverso; quem sabe, de fato, o quanto é mau?” (Jr 17.9) Mas e quando se é um cristão? O fato de declararmos nossa fé em Jesus, de lermos a Bíblia e orarmos, de nos considerarmos servos de Deus, isso resolve a questão? Bem, teoricamente deveria. Mas é preciso consideramos algumas coisas.
O Deus que nos ama é o Deus que conhece o nosso coração. E Ele nos ama e deseja mudar nosso coração. E o faz de forma amorosa, buscando o nosso bem. Ele prova o nosso coração, não para nos condenar, mas para nos redimir. Deus prova o nosso coração para revela-lo, para que também o conheçamos e possamos nos arrepender. Na medida em que nos arrependemos, experimentamos progresso em direção a um coração melhor. Todo cristão está neste processo, que dura a vida toda.
Um processo que não depende apenas de Deus, mas também de nós. E se não está sendo bem sucedido, não é por causa de Deus. É por nossa causa. De nossa parte, precisamos buscar conhecimento de Deus e nos submeter ao mandamento que nos possibilita cumprir todos os demais: o mandamento do amor. Todas as vezes que escolhemos amar e agir em amor, nosso coração avança e melhora. Todas as vezes que escolhemos outro caminho, fortalecemos o que nele deveria morrer. Ele já é mau por natureza e damos vida a isso!
Deus é quem prova o coração humano. Só Ele sabe o que verdadeiramente há, no meu e no seu. O coração humano em transformação pelo amor e graça de Cristo não é um coração perfeito. Isso só alcançaremos na eternidade. É ainda um coração sujeito a falhas, mas cada vez menos um coração refém da maldade e do maligno. Não podemos eliminar falhas, mas podemos ser bons como é bom nosso Pai Eterno. Um coração mau, na linguagem de Ezequiel, é um coração de pedra. Um coração em transformação, é um coração de carne (Ex 36.26).
Que coração é o seu? Que coração é o meu? Que sejamos sensíveis às provas de Deus ao nosso coração. Que aprendamos a nos arrepender e a seguir melhorando. Que haja em nós um coração de carne, não de pedra. Somos humanos e falhos, mas não devemos ser ímpios e maus.