Eleitos

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“Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” (1 Pedro 2.9)


Ontem foi um dia de expectativa para milhares de pessoas. Elas concorreram nas eleições municipais. Estiveram esperando pelo voto de eleitores em quantidade suficiente que lhes trouxesse a resultado: eleita. Segundo a Justiça Eleitoral brasileira, 557.404 candidaturas foram registradas – 12,17% a mais que nas últimas eleições em 2016. 20.021 tiveram o registro recusado. 19.351 concorreram à prefeitura dos 5.568 municípios; 518.328 às 58.028 vagas nas Câmaras de Vereadores. Foram 33 partidos na disputa. 1/3 dos candidatos são mulheres, 10,53% são pessoas pretas. A maioria dos candidatos tem no máximo o ensino médio. Como será a gestão de nossas cidades por meio dos eleitos? O que farão nos próximos 4 anos quando estiverem nos representando e decidindo sobre a vida em nossas cidades? Veremos.

O texto de hoje nos fala de eleição também. Segundo ele, fomos eleitos por Deus. Uma eleição que não se dá pela concorrência de candidatos e nem tem limite e vagas. Paulo concorda com essa ideia de Pedro. Ele escreveu à igreja de Corinto que somos embaixadores de Cristo (2 Co 5.20). No exercício do nosso mandado, de nossa missão, o segredo não está no quanto nós podemos, mas no quanto somos influenciados por Deus e nos deixamos guiar pelo Espírito Santo. Que diferença podemos fazer neste mundo, como representante de Deus, como pessoas que, pessoalmente e coletivamente estão imbuídas da responsabilidade de manifestar as grandezas de Deus?
Precisamos revelar Seu amor, a graça de Jesus e nos deixar guiar pelo Espírito Santo. Somos parte deste mundo e enviados a ele, para amar e não para julgar. Se não amarmos cada pessoa, se não tirarmos o preconceito e a rejeição de nosso coração, como podemos servir aqueles e aquelas por quem Jesus morreu? Somos pecadores alcançados enviados a pecadores perdidos e não santos enviados para enfrentar os pecadores. Não revelaremos Deus combatendo o pecado que vemos na vida do outro. O pecado a ser combatido é o nosso próprio, que devemos enxergar melhor e reconhecer. Ao pecado do outro devemos oferecer a graça de Jesus que é sempre maior que o pecado. Fomos eleitos, temos um mandato e só o cumpriremos amando, sendo graciosos e cheios do Espírito.

Que esperança podemos ter nos candidatos eleitos no pleito deste domingo? Não sei. Confesso com tristeza que não me animo muito! Mas, que esperança o mundo pode ter em mim e em você, eleitos pelo Evangelho de Cristo? Temos algo a oferecer a pecadores perdidos, a pessoas amarguradas, a gente que sofre? Que haja esperança nas cidades pela presença dos que se reconhecem eleitos por Deus.

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